terça-feira, 9 de maio de 2017

Administração Municipal realizou apresentação sobre os 100 dias de governo na Câmara de Vereadores


O prefeito Rudinei Härter, o vice-prefeito Tonho Lessa, a secretária adjunta do SEPLAMA Silvia Machado e a coordenadora da unidade de controle interno Karla Lopes, estiveram ontem na Câmara de Vereadores para realizar uma explanação sobre os 100 dias de governo. 
O vice-prefeito Tonho Lessa ressaltou que o objetivo de estarem ali, é para manter um dialogo de transparência com a sociedade, e que mantém o maior respeito pelo poder legislativo, pois é nele que se legisla e passa tudo que é lei, se reivindica e propõe, e por isto propôs um dialogo franco com todos, pois segundo ele “na situação em que o município se encontra, é momento de se unir, deixando os partidos de lado e buscando harmonia”. 
A coordenadora da unidade de controle interno Karla Lopes, apresentou dados técnicos da situação herdada pelo município. Fizeram parte da explanação os pagamentos realizados já neste ano e os que foram feitos desde 2014, comparação de arrecadação em relação a outros anos, despesa de recursos próprios e despesas com manutenção de veículos (que teve mais de 50% de economia neste ano). O total da dívida herdada foi de R$ 38.001.998,76, valor superior ao publicado anteriormente, em razão de valores apurados nas contas bancárias de transferências realizadas indevidamente, relativos a recursos vinculados e a descoberta de despesas com fornecedores relativos ao exercício de 2016, que restaram sem empenhos. 
O breve resumo das obras foi explanado pela secretária adjunta do SEPLAMA, Silva Machado, a qual explicou que existem vários contratos e convênios em andamento com a FUNASA, Ministérios através da CAIXA e do Banco do Brasil, FNDE, entre outros. Em função da falta de recurso financeiro para contrapartida, a maioria das obras estavam em ritmo lento ou paralisadas, portanto, a Administração Municipal precisou optar por paralisar totalmente algumas e analisar as que possuem maior importância no momento para dar continuidade. A creche Pró Infância Camponesa foi uma das priorizadas, a obra estava parada há anos, esta 48% concluída e irá ser retomada nesta semana, porém o Centro de Convenções foi oficialmente paralisado. 
 Sobre a obra de esgotamento sanitário que se encontra paralisada, foi realizado o distrato com a empresa Portosan e será dada continuidade pela Corsan, através da gestão compartilhada.  O calçamento da Nova Esperança foi parado com compreensão da empresa responsável, para que seja feito a substituição de tubos de esgotamento sanitário que por serem mais antigos estão entupidos, antes que seja construída a calçada, para que não haja danos posteriores e “quebra” de calçadas para consertos. Já foi feita também a licitação para o calçamento da Rua Theodoro Henrique Schuch. 
As prestações de contas tem pendências que impedem a remessa de recursos, como a verba enviada pela Defesa Civil e destinada a enxurrada, a qual tem um estreito prazo de cerca de 45 dias para finalizar a prestação das contas final junto ao Ministério da Integração, correndo o risco de haver a devolução do dinheiro. 
 O prefeito Rudinei Härter agradeceu a oportunidade cedida pelos vereadores, e ressaltou que no inicio a prefeitura não havia crédito com nenhum fornecedor, e hoje já conseguiu recuperar.  “O auxilio e a compreensão da comunidade no inicio do governo foi fundamental”, disse Härter. Ele também demonstrou preocupação em relação ao orçamento deixado pela gestão anterior, que teve o descuido de planejamento, a exemplo disto, citou o transporte escolar, o qual ficou um valor orçado que permite fazer apenas o pagamento de 100 dias de aula, ou seja, em breve estará finalizando, pois a administração teve que pagar mais de R$ 500 mil pendentes, que farão falta para o pagamento deste ano.  Rudinei também agradeceu a compreensão destas empresas de transporte escolar, que estão permitindo este crédito, possibilitando a retomada das aulas. 
Ele ressaltou algumas ações que merecem destaque, como o trabalho e aquisição de medicamentos da farmácia municipal, que atualmente de 5% de estoque foi para 80%, o trabalho da oficina na recuperação de diversos veículos, como ambulâncias, maquinas e outros, que possibilitou boas condições de trafegabilidade nas estradas; FAPS em dia, dobro de atendimentos na saúde, asfaltamento da avenida, entre outros.      
 Alguns assuntos mais polêmicos também foram comentados, o prefeito informou que reconhece a situação precária em que a Rodoviária se encontra, e que ainda há uma pendência de aluguel de aproximadamente R$ 281 mil reais, portanto é difícil retomar obras com a dívida, uma possibilidade para solução seria a terceirização. E outra preocupação seria com o aumento do salário do funcionalismo em relação à diminuição da arrecadação, o que posteriormente pode possibilitar com demissões no órgão público, já está sendo feita a redução de horas extras e as equipes vem trabalhando no seu limite. 
 O presidente da Câmara de Vereadores, Dari Pagel, evidenciou a colaboração da Câmara com a economia para devolução de valores, os quais auxiliam em media R$ 80 mil por mês, para realizar investimentos para a população lourenciana. 
 Um importante questionamento feito pelos vereadores foi sobre o desassoreamento do Arroio São Lourenço, o qual o prefeito afirmou que sabe de importância e do seu comprometimento a realizar e continua entre as prioridades, porém, os passos devem ser cumpridos com cuidado e planejamento. O município possui capacidade de buscar recursos junto ao BADESUL, mas de acordo com a análise do material coletado pela EMBRAPA, será visto se poderá ser reaproveitada a areia ou não, se não estiver contaminada será feito um projeto mais rápido. Härter lembra que esta é uma solução temporária para o problema, e que projetos mais técnicos também estão sendo estudados, como a possibilidade de fazer uma comportas com três portões acima da ponte do Passo dos Baios. E sobre a relação do mesmo com o projeto do Distrito Industrial, salientou que a insegurança da aprovação não precisa existir, que o período de projetos e materiais coletados do arroio pode levar um tempo, e não se pode parar por isto, deve-se olhar para frente e pelo futuro: “também queremos que São Lourenço do Sul cresça e tenha uma geração de emprego e renda”, frisou Rudinei. 
DECOM

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